Um interessante jogo de cartas

 Era de um desapontamento imensurável que ainda estivesse com as roupas, pois queria muito sentir os toques dela em sua perna, por mais leves que fossem. E a roleta não estava muito ao seu favor para livrá-la daquelas peças, de modo que teria que aguardar. Não podia negar o quanto queria que aquela carta aparecesse logo, para poder prová-la diretamente e sem precisar trapacear como fez anteriormente. E ainda tinha o bônus do absinto, para completar o delicioso sabor. Quase a beijou, mas então obedeceu e se ajoelhou na frente dela. Rebateria ao tom autoritário, mas a visão da loira nua daquele jeito tirou qualquer palavra de seus lábios. - Sim, Madame Yaxley. - respondeu em submissão, tendo invertido os papéis após a troca de cartas. Enquanto na primeira dominava, agora era submissa a ela naquele jogo. Pegou a varinha apenas para trazer para si uma garrafa de absinto do armário de bebidas, abrindo com a boca e cuspindo a tampa longe, para então entregar a bebida a ela. - Sirva-se. - sua voz saiu rouca. Abaixou-se até sua intimidade, soprando levemente antes de umedecer os lábios com a língua. Agarrou uma de suas coxas e colocou sobre seu ombro, dando uma mordida bem próximo ao seu vértice. Não tirava os olhos dela, principalmente quando enfim levou seus lábios ao sexo dela, chupando avidamente e aguardando o absinto descer e tocar seus lábios. Quando este finalmente chegou onde deveria, o sabor tornou-se ainda melhor, como uma mistura perfeita, fazendo com que Eileen soltasse um gemido imediatamente. Ela parecia pegar fogo dentro daquelas roupas, e pela posição não conseguiria tirar a calça, mas como estava com as mãos livres, por enquanto, levou-as até os botões do colete, sem nunca parar de chupá-la. Abriu a peça e a tirou, deixando-a cair atrás de si. Não usava sutiã algum, de modo que suas tatuagens se revelaram imediatamente. Mas, pela posição, Yvaine possivelmente não veria muito, ao menos não até terminar. Levou uma das mãos para roçar na entrada dela, ameaçando penetrar. Quando isso aconteceu, tirou os lábios fela por breves instantes. - É uma pena que tenha sido tão específica quanto a "fodê-la com a boca". - provocou, voltando a chupá-la e afastando os dedos dela. Mas é claro que não resistiu, e poucos instantes depois não hesitou em penetrar dois dedos em seu interior, curvando-os ao atingir o final. Separou os lábios do sexo dela novamente, sorrindo com malícia. - Fodam-se as regras. - disse para então dar uma mordida leve em seu clitóris, para voltar logo a chupá-la com ainda mais intensidade.

 Estava com a boca ocupada demais para rebater a provocação dela quanto às regras, e empenhada demais em fazê-la gozar para simplesmente parar. Soltou um gemido contra sua intimidade quando a sentiu atingir o orgasmo novamente, deliciando-se com a mistura de sabores. A provocaria um pouco mais, mas sentiu a mão dela puxando seu cabelo, e ela levantou prontamente, sentando-se no colo da loira. Chupou os dedos, soltando mais uma vez um gemido. O modo como ela mordeu suas costas arrepiou seu corpo de imediato, tendo isso ainda mais intensificado pela mão em seu seio. Fechou os olhos assim que sentiu o rosto dela em seu pescoço, desconcentrada demais pela excitação de seus toques para sequer ler a carta. Somente abriu os olhos com a ordem que recebeu, mas hesitou ao sentir a mão dela adentrando por sua calça. - Chupe onde ela quiser, rapidamente. - leu, sorrindo com isso. Levou uma mão para trás, entrando com os dedos no cabelo dela e forçando-a a olhá-la nos olhos. - Suck my pussy. - ordenou, levando os lábios aos dela apenas para morder seu lábio inferior, puxando-o entre os dentes. Então levantou-se, lamentando a perda dos toques dela sobre si, mas sabendo que algo melhor viria. De costas para ela, tirou a calça, ficando apenas com a fina calcinha de renda preta que logo foi despida. Virou-se então para a frente de Yvaine, e por ter sido vista dos dois lados, a loira constataria que as tatuagens desciam por toda a extensão de seu corpo, de modo que atingia até quase seu sexo, e toda a parte interna de suas coxas. Sentou-se sobre o tabuleiro com as pernas levemente abertas, cujas cartas eram meras ilustrações que apenas se materializavam quando selecionadas pela roleta (logo, não se bagunçaram quando ela se sentou sobre este). - Não me faça esperar. - disse com a voz baixa, ocultando a ansiedade por seus toques.

 Toda a espera a deixava impaciente, mas não deixava isso transparecer em momento algum. Mordia o lábio inferior, deixando-o avermelhado, assim descontando sua ansiedade pelos toques da mulher. Se sentia cada vez mais molhada sob o olhar de Yvaine, tentando também decifrar o que se passava em sua mente ao olhá-la daquele jeito. Porém guardou a pergunta em sua mente, para quem sabe mais tarde -o que era muito estranho para si, imaginar vê-la novamente-, pois logo Yvaine ajoelhou-se a sua frente. Antes que ela pudesse tocá-la, colocou uma perna sobre seu ombro, prendendo-a por perto para que não tivesse escapatória. E não o teve, pois logo a loira começou a chupá-la. Diferente do que podia parecer, Eileen não fazia muito barulho. Tinha gemidos roucos e baixos, quase como se fossem contidos. Exigia muito para fazê-la gritar, coisa que praticamente ninguém foi capaz (desafio aceito). Levou a mão ao cabelo dela, sem ditar direção ou ritmo, e tentava manter os olhos abertos. Tinha pleno controle de seu corpo, podendo controlar-se para não chegar ao ápice, porém não o fez. Assim que o primeiro sinal se deu, deixou-se levar pelos lábios dela, desejando de uma maneira quase insana por aquilo que a loira lhe podia dar. Seu corpo tremeu e só então seus olhos se fecharam, e de seus lábios apenas o sobrenome da loira foi capaz de ser ouvido.