Flashback, pós casamento - Aly e Ana

  Durante toda a cerimônia Alecto manteve a famosa cara de nada, que era tão presente em seu irmão gêmeo e não nela. Mas não tinha muitas opções para aquele dia. Era cara de raiva para ter (mais) problemas com sua mãe depois, cara de choro para ter problemas com Anastásia ou cara de felicidade forçada que não tinha nada a ver com ela. Optou pelo menor dos males e bebeu muitos copos de absinto e firewhiskey para conter sua vontade de matar aquela vadia chamada Bethany Flint. Após Amico subir para o quarto com sua esposa, ela foi até o escritório, onde começou a retirar suas jóias e soltar os cachos negros da trança que havia feito. Soltou um longo suspiro enquanto se jogava na poltrona do lugar. Aquele era com certeza, o dia mais infeliz de sua vida, nem a morte do pai que havia lhe tirado o chão por meses a deixou daquela maneira. Sua vontade era esganar sua mãe por aquele casamento arranjado, estapear seu irmão por aceitar e matar a vadia por existir. Alecto estava destruída emocionalmente, mas tinha uma pessoa que podia lhe ajudar. Decidiu ir até seu quarto, onde Ana já estava e também se livrava das jóias. - Estava maravilhosa hoje, aliás, sempre está. - Disse, para se fazer presente. Trancou e silenciou o local com magia, se aproximando da morena com um suave sorriso nos lábios. - Mas eu prefiro você sem nada. - Sua voz saiu rouca e sussurrada enquanto a puxava pela cintura e tomava seus lábios em um beijo voraz e cheio de fome.

 Havia assistido toda a cerimônia com um misto de tédio e humor. Achava graça dos pobres coitados forçados a se casarem com desconhecidos, mas não poderia transparecer isso, afinal aquele era o irmão de sua namorada. E por não poder expor, se entregava ao tédio. Não poderia estar mais feliz quando tudo acabou, dirigindo-se ao seu quarto. Foi tirando as jóias, decidida a tomar um bom banho e ir atrás de Alecto. Contudo quando, pelo reflexo do espelho, a viu entrar, sorriu por terem a mesma ideia. -Ah, Aly... - disse num sussurro. -Você estava estonteante, como sempre. - virou-se para ela, apoiando-se na penteadeira. Quando escutou as palavras dela, deu um sorriso malicioso. Foi puxada pela Carrow, entregando-se aquele beijo feroz. Deixou gemidos escaparem por sua boca, afinal o modo como Alecto a beijava fazia com que Anastasia perdesse o controle de si. Entrou com as mãos no cabelo dela, puxando-a para si. Aqueles beijos lhe tiravam o fôlego, fazendo seu coração se acelerar como um trem. Esperava que Alecto sentisse o mesmo, que ficasse ansiosa por a ver todas as manhãs como Ana se sentia..

  Alecto era uma avalanche de emoções naquele momento, mas o que mais predominava era a raiva e dizia aquilo com o beijo que dava em Anastásia, deliciando-se com as reações dela, a mão em seus cabelos fazendo-a se arrepiar. Levou suas mãos para as amarras do vestido da morena, arrancando-o rapidamente, jogando a peça para o lado, seus dedos indo apertar os fartos seios dela, puxando os mamilos entre eles. Assim que o ar faltou, ela se afastou o suficiente para também tirar seu vestido e calcinha. Empurrou a Rosier até a cama, indo ficar entre suas pernas. - Eu quero te foder e sei que também quer isso… - Um de seus dedos tocou a intimidade dela por cima da calcinha, sentindo-a tão úmida, com tão poucos toques. - Mas vai ter que me dar algo que quero antes. - Afastou sua mão dela, olhando-a de cima por estar de joelho entre suas pernas. Chupou o dedo que estava entre as pernas dela antes, subindo o corpo de Ana com mordidas que deixariam marcas por dias e assim que chegou em seus lábios, levantou-se para se sentar na boca da morena.

 Era a coisa mais clichê, e ainda assim a mais surpreendente. Comensais são cheios de ódio e força, então é justo dizer que na cama também são assim. Contudo Alecto... Parecia boa demais para ser real. O modo como ela tomava seu corpo, como sem hesitação tocava em Ana e a fazia perder o fôlego. Seu corpo foi despido tão rapidamente pelas mãos de Alecto que Ana podia sentir o ar ficar mais rarefeito com a sensação que tinha. Gemeu quando ela tocou seus seios, e comeu-a com os olhos quando partiram o beijo, observando a morena tirar a própria roupa. Logo se viu com Alecto entre suas pernas, arqueando as costas com o mínimo toque em sua intimidade. Teria reclamado por não ser tocada mais a fundo, contudo só de sentir as mordidas no corpo, gemia como se estivese sendo chupada. E assim que viu Alecto sentda sobre sua boca, fez o que tinha que fazer e fez com vontade. Sentia o sabor dela e fazia sua língua trabalhar com precisão ali. Uma de suas mãos foi até a intimidade, penetrando-a com dois dedos enquanto a chupava. E a outra dava alguns tapas na bunda de Alecto, deixando a marca de suas unhas na carne dela quando a apertava.

  O modo como a morena reagia a si, com o mínimo toque era delicioso demais, gostava de vê-la se contorcer e gemer daquela maneira, gostava daquele poder que tinha sobre ela. Ter controle sobre alguém daquele jeito era prazeroso demais e a Carrow amava tudo aquilo. Segurou os cabelos de Ana, jogando sua cabeça para trás ao sentir a língua e os dedos em sua intimidade, rebolando os quadris para sentí-la ainda mais. Soltava leves gemidos pelos lábios, tendo seu prazer aumentado com os tapas e as unhas em sua bunda.

  Não ousou fechar os olhos, olhando o corpo de Alecto enquanto a chupava. Enfiou mais um dedo dentro dela, dando um tapa ainda mais forte em sua bunda. Sabia onde e como a tocar. Havia observado e provado Alecto Carrow o suficiente para poder pintá-la de olhos fechados. E por conhecer seu corpo tão bem, entregava cada célula de si para que ela sentisse prazer. Cravava as unhas na bunda dela porque sabia que ela gostava, deliciando-se com as reações que causava em Alecto. Não podia negar que sentia prazer naquilo. Era quase tão bom quanto ser tocada, senão melhor.

  Estremeceu ao ter outro dedo dentro de si, fechando sua mão com mais força nos cabelos de Anastásia. Ela sabia muito bem como deixá-la louca. “Não tão bem quanto outra pessoa do quarto ao lado!”. Fechou os olhos e controlou os próprios pensamentos, mas foi impossível, era sempre impossível se conter quando estava próxima ao orgasmo. Se perguntava se sempre seria dependente do irmão daquela forma… Não sabia, mas foi pensando nele entre suas pernas que ela soltou um gemido rouco e alto, se derramando nos lábios da mulher.

  Quando sentiu o orgasmo dela, provou todo o sabor em seus lábios até o final. Não cessou os movimentos de imediato, foi apenas diminuindo a intensidade dos dedos até parar. Quando finalizou, chupou os próprios dedos. Sorriu para a visão que teve sobre si, para então levar ambas as mãos à cintura dela e a jogar para o lado, se deitando em cima dela. Roçou os lábios nos dela, pressionando o quadril contra o dela. -Eu me lembro de ter escutado você dizer que queria me foder... - disse rouca, beijando-a vorazmente, porém de modo breve, puxando o lábio inferior dela no final. -Fuck me. - praticamente implorou, puxando-a para um beijo novamente.

  Sorriu com o canto dos lábios ao sentí-la chupando seu gozo e logo após os próprios dedos. Realmente gostava de Ana, mas não sentia-se mal por chegar ao orgasmo pensando no irmão, já havia se acostumado com aquilo para poder se repreender. Foi surpreendia ao ser jogada na cama, mas soltou uma risada com o gesto. Retribuiu ao beijo dela e levou suas unhas para as costas da mulher, arranhando com força. - Quanta pressa, minha querida. - Respondeu em um sussurro, o “fuck me” dela lhe causando um delicioso arrepio. Inverteu as posições, sentando-se sobre a intimidade dela. - Tem que aprender a ser mais paciente. - Alecto dizer aquilo era a mais doce das ironias, mas gostava de torturar a morena. Passou uma das pernas dela por uma das suas, fazendo suas intimidades se tocarem. Começou a rebolar levemente, encontrando o clitóris dela com o seu, mordendo o lábio inferior para conter o gemido.

  Soltou um gemido ao sentir suas costas arderem com as unhas dela. -Você sabe que eu não consigo esperar muito para que me foda. - disse sem o mínimo de pudor. Com Alecto não existia isso de medir as palavras. Se queria que ela a fodesse, falaria com todas as letras. Deixou que ela a jogasse na cama de volta, mordendo o lábio com o que ela havia dito. -Me ensine então. - sua respiração estava ofegante e sua voz já rouca. Sabia dos estragos que Alecto Carrow podia fazer na cama, e até a expectativa a excitava. Ajudou-a com o movimento das pernas, fechando os olhos por alguns segundos quando as intimidades se tocaram. Não negou os gemidos que vieram, rebolando no mesmo ritmo, querendo implorar por mais. E logo o fez, gemendo o nome dela e pedindo por mais. Pegou a mão dela e levou até o próprio seio, a incentivando a continuar.

  Soltou uma risada debochada com a pressa dela. Ela se divertia com Ana, gostava do controle que tinha sobre ela, o modo que sempre a obedecia, independente de tudo. - Ah, eu vou ensinar, querida. - Controlava sua própria voz. Cravou as unhas nas pernas dela, para que parasse de se mover, deixando que apenas a Carrow ditasse o ritmo e então, apertou o seio da morena, puxando o mamilo entre os dedos. - Muita pressa, ainda. - Disse em tom autoritário. Continuou a se mover sob ela, até que sentiu seu corpo ser atingido pelo segundo orgasmo, sensível pelo o anterior. Saiu de cima dela, antes que a mesma gozasse. Se ajoelhou entre as pernas dela e levou um dedo para a intimidade de Anastásia, penetrando-a com ele, mantendo-o parado lá dentro. Alecto se divertia com as reações da morena, mantendo um sorriso debochado nos lábios. Sem aviso algum, enfiou outros dois dedos, curvando-os dentro dela.

  O sorriso em seus lábios, apenas aumentou ao ver a descrença de Ana por ter interrompido seu orgasmo. Ela pedia por mais com o olhar e assim o fez, voltou a curvar os três dedos dentro dela, circulando o clitóris com o polegar, uma leve pressão. - Querendo alguma coisa, querida? - Perguntou em tom sussurrado, olhando-a nos olhos. - Pede. - Ao dizer isso, desceu três tapas sonoros na lateral de sua coxa, passando as unhas compridas no local, logo em seguida.

 Curvou as costas quando sentiu os dedos dela se moverem dentro de si, junto com o estímulo em seu ponto mais sensível. Respondeu com um gemido a pergunta dela, e então gritou com os tapas. Poderia parecer que ela estava com raiva, mas o sorriso que deu ao sentir a pele arder com as unhas denunciava o quanto aquilo a excitava. Subiu uma mão suavemente pelo corpo dela, até chegar ao cabelo da mulher, onde puxou com força. -Quero que me foda, Alecto. Com força. - disse num tom mandão demais para poder competir. Sabia que sua posição era de extrema desvantagem, mas não podia evitar a provocação, já que as respostas de Alecto costumavam a tirar do sério.

  Soltou uma risada rouca ao ver o sorriso dela após lhe dar os tapas, sabia que ela adorava suas marcas e Alecto adorava marcá-la. Não reprimiu um gemido quando Ana a puxou pelos cabelos daquela forma, um sorriso de canto surgindo com o pedido e com seu tom mandão. Apesar de sempre ter poder sob ela, a mulher não dispensava aquela autoridade, não que funcionasse consigo, mas naqueles momentos, sempre a deixava ainda mais molhada. Voltou a rir e sentou-se em uma das pernas dela, usando de sua coxa entre suas pernas para mover os dedos dentro da morena, aumentando gradativamente a velocidade e inserindo um quarto, deixando o polegar para estimular seu clitóris. Inclinou-se para Ana, capturando seus lábios em um beijo intenso, mas rápido, descendo com a boca para seu pescoço, chupando e mordendo cada lugar, usando a mão livre para percorrer suas curvas, cravando as unhas em sua carne.

 Quando ela, usando a perna, aumentou a intensidade dos dedos, e a beijou daquela forma tão possessiva e intensa, Anastásia soltou um alto gemido durante o beijo, sentindo seu corpo começar a se entregar a algo que somente ela havia-a feito sentir. Sua respiração se cortava, e se perguntava se Alecto não sentia sua pulsação ao beijar seu pesco~ço, pois Ana sabia que seu coração batia acelerado. Gemia o nome dela, sem pudor algum. Quando não mais aguentou, deixou seu corpo se entregar ao orgasmo, fechando os olhos e, levando as mãos à bunda de Alecto, as cravou ali. Seu corpo entregou-se àquilo como uma bomba se entrega à explosão, forte, intensa e devastando tudo. Sentiu suas forças se irem, provando mais uma vez daquilo que Alecto fazia consigo. A morena era a única que conseguia tirar todas as forças de Anastásia após um orgasmo, que a deixava tão cansada e saciada. Mas mesmo assim, não resistiu ao impulso de a beijar tão intensamente que seu ar deixou seus pulmões, fazendo com que o beijo não pudesse durar tanto quanto queria. Sorriu contra os lábios dela, selando ali mais um beijo, só que mais suave. Levou as mãos ao cabelo dela, acariciando e a deixando próxima de si. Sentia-se tão bem e plena ao lado de Alecto, tão satisfeita e saciada, que nada descreveria melhor aquele momento do que as palavras que disse a ela. -Eu amo você. Sabe disso, não sabe? - confessou mais uma vez, mesmo que soubesse que ela não responderia. Já havia se conformado com a falta de resposta sobre isso da morena, mas não significava que sentia menos por ela não responder. Alecto devia ter seus motivos, mas isso não impedia Anastásia de lhe dizer o quanto a amava.

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  Ver Ana tão entregue daquela forma era delicioso demais, ouví-la gemer seu nome e a forma como seu corpo reagia ao seu, era a prova do quão alto era seu poder sob ela. E Alecto amava a sensação de poder, principalmente sobre alguém. Não parava de mover seus dedos com auxílio da pernas por nenhum segundo, ao mesmo tempo que rebolava sua intimidade na coxa dela. Ao sentir as paredes da morena apertando seus dedos e as mãos em sua bunda, um enorme sorriso surgiu em seus lábios, mordendo seu pescoço no mesmo instante. Retribuiu ao beijo da mesma forma, explorando sua boca com a língua e chupando seus lábios ao final. Retirou os dedos de Ana lentamente, um por um, depois os chupou, sentindo o gosto em sua língua. Olhava nos olhos da mulher durante todo o processo, até ouvir suas palavras. Ela vivia dizendo aquilo, mas a morena sabia que não sentia o mesmo, nem chegava perto disso, e nunca retribuía, pois não podia mentir daquela maneira. - Eu sei sim. - Respondeu em tom suave, beijando seus lábios novamente, de forma mais calma. Deixou que aquele durasse por longos segundos, até sentir o ar faltando e se separar. Subiu uma de suas mãos para os fios dela, acariciando de leve, beijando toda a extensão de seu rosto. - Boa noite, Ana. - Sussurrou, dando um longo selinho nela. Se deitou ao lado dela, mas a trouxe para deitar em seus peitos, acariciando seus cabelos até que dormisse, entrelaçando suas pernas. Anastásia estava claramente feliz e saciada, mas Alecto sentia algo faltando, sempre sentiria.

 Não ser retribuída doía, mas Ana sabia que era melhor tê-la assim, do que viver sem ela. Talvez por isso aceitava, por saber que não poderia aguentar viver longe de Alecto Carrow. Agarrada ao fato de que ao menos a tinha, beijou-a com calma, sentindo-se plena nos lábios dela. Acariciava sua bochecha enquanto a beijava, e arranhava de leve as costas da mulher. O ar faltou e o beijo foi partido. Escutou num sussurro o boa noite da mulher, dando um leve sorriso enquanto davam um longo selinho. Deitou-se com ela, repousando a cabeça no peito nu de Alecto. -Boa noite, Aly. - disse suavemente antes de fechar os olhos e cair no sono escutando o som do coração de Alecto batendo.

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